O valor deixou de ser gasto inclui:
R$ 23 bilhões não gastos eram previstos para o auxílio emergencial;
Houve também uma redução de R$ 8,5 bilhões nas despesas do governo com subsídios.
A princípio, o rombo nas contas públicas significa que os valores arrecadados pelo governo com os impostos não foram suficientes para arcar com todos os gastos. Em outras palavras, houve déficit primário.
O conceito leva o nome de déficit primário por não levar em consideração a dívida pública.
Para haver superávit, o dinheiro arrecadado deveria ser superior às dívidas que foram pagas.
Outro problema enfrentado pelo governo é a dívida pública que está em R$5,009 trilhões, após aumentos de 17,9% em 2020.
Reflexo da pandemia
Os resultados, de acordo com o governo, tem relação com o aumento de despesas necessárias para combater a a pandemia do COVID-19. O Tesouro estima que só com as despesas primárias foram gastos R$ 539,6 bilhões. Outro fator determinante foi a queda da arrecadação de impostos em 6,91% em 2020. Foi o pior resultado para um ano fechado desde 2010.
Este resultado foi impulsionado além de pelas restrições das atividades ecônomicas, como também ações para auxiliar empresas em dificuldade e o adiamento da cobrança de impostos. O governo chegou a zerar aliquota de alguns produtos. “Alguma coisa [do déficit primário] foi por frustração de receitas, mas uma boa parte por ações necessárias ao enfrentamento da pandemia”, afirmou Funchal. Ainda no ano passado é possivel destacar o déficit de alguns órgãos.
Previdência Social – R$ 269,8 bilhões – alta de 18,7%;
Tesouro Nacional e o Banco Central, juntos, registraram déficit de R$ 501,7 bilhões.
“A reversão dos superávits do Tesouro Nacional e Banco Central e o aprofundamento do déficit da Previdência associam-se à crise da COVID-19“, informou o Tesouro.