O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que “o foco do Senado é o enfrentamento da pandemia”
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), disse na segunda-feira (01/02), que a CPI aberta no Senado para investigar ações no enfrentamento da pandemia “não é para investigar o presidente da República” e que não quer ver o “circo pegar fogo”. “Essa CPI que existe é para apurar fatos relacionados a Manaus, ao Amazonas. Não é para investigar o presidente da República”, afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Pacheco disse que a instalação da CPI da COVID-19, que tem assinatura de 31 senadores, seria “contraproducente”, pois as comissões temáticas estão paradas em função do trabalho remoto no Senado, e evitou tecer críticas ao presidente Jair Messias Bolsonaro. “Eu prefiro me apegar às políticas públicas do Ministério da Saúde e confiar, ser colaborativo… Não significa que eu concordo com tudo, não significa que concordo com determinados comportamentos e já disse aqui que não concordo. Mas eu tenho que confiar nessa política pública”.
Quando perguntado qual seria a política pública do Ministério da Saúde, Pacheco disse que se referia à política de vacinação. “A opção feita, que eu não vou dizer que é só do governo federal, que veio também do governo de São Paulo, de se ter uma produção própria no Brasil através da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ e do Instituto Butantan. É isso que nos dará escala, não vou dizer suficiente, porque suficiente será vacinar toda a população brasileira… Mas esta política foi uma decisão acertada”.
O senador também defendeu a participação da iniciativa privada na aquisição de vacinas para doação ao Sistema Único de Saúde – SUS. “É algo inteligente e necessário para o Brasil neste momento”. Ainda, na contramão de posicionamentos de Bolsonaro, Pacheco reconheceu que “faltou agilidade” para assegurar vacinas e que a população brasileira sabe que “a ciência resolverá o nosso problema”.
“A população brasileira, eu tenho absoluta convicção, que ela tem ciência de que é uma crise grave, é uma doença grave, que ela não pode se aglomerar, que ela tem que usar máscara, que ela tem que usar o álcool em gel, que ela tem que lavar as mãos, que nós estamos passando uma fase difícil. Então eu tenho consciência da inteligência do povo brasileiro de compreender que o melhor caminho é a cautela, é a prudência e o reconhecimento de que a ciência que resolverá o nosso problema”.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
O presidente do Senado afirmou que o auxílio emergencial pode ser retomado no Brasil próximos 3 meses. “Nós estimamos, esperamos que o auxílio emergencial possa ser retomado no Brasil nos meses de março, abril, maio e junho. Uma reivindicação nossa, que permanecesse por 4 meses no valor ainda a ser definido pelo governo federal.
Há uma expectativa por parte do governo da possibilidade de um valor de R$ 250,00. É um programa que é necessário ser editado, assim como foi feito no ano de 2020. De fato, um grande impacto económico e fiscal para o Brasil, mas absolutamente necessário naquele momento. E, como a pandemia ainda não terminou, e as consequências dela também não, é importante retomar o auxílio”.
PEC DA IMUNIDADE
O senador foi perguntado sobre a chamada PEC da imunidade, um dos temas debatidos na Câmara dos Deputados nesta semana. Pacheco afirmou que “o foco neste momento é o enfrentamento da pandemia”. Outros temas que não têm relação com a COVID-19 não serão discutidos com a mesma urgência.
Fonte: PODER360