O presidente argentino, Alberto Fernández, pediu na tarde de sexta-feira (19/02) a renúncia do ministro da Saúde, Ginés González García, depois da divulgação de uma declaração do jornalista peronista Horacio Verbitsky, ex-assessor de Cristina Kirchner, admitindo que tinha sido convidado a furar a fila da vacinação contra o coronavírus. A Argentina vem usando a vacina Sputnik, e a imunização tem recebido críticas pela lentidão, devido à pouca quantidade de doses vindas da Rússia. Ao todo haviam chegado apenas 800 mil doses, que estavam sendo distribuídas a funcionários da saúde.
No começo desta semana, começaram a vacinar os maiores de 80. González García havia montado um posto de vacinação no próprio ministério, com a justificativa de que ele seria usado para vacinar “pessoal estratégico”. Nesta sexta-feira, porém, o público descobriu que o local estava sendo usado para vacinar deputados, políticos e outras pessoas próximas a González García. No centro de vacinação “VIP” havia 3 mil doses da Sputnik V. A informação foi confirmada pelo chefe de gabinete, Santiago Cafiero. A vice-ministra Carla Vizzoti assumirá a pasta.